As muitas caras da Poesia

10.09.2006

O Demônio da Influência


Este é mais um poema do "ARRABALDES DA LOUCURA", livro antigo, guardado, de vez em quanto ele me volta, recorrente, acho que é preciso fechar essa Gestalt. Nessa época lia mais Quintana do que leio hoje e acho até que Harold Bloom em seu "o Demônio da influência", explicaria esse poema:

O DIA DO SILÊNCIO

Tu que tão limpa, exata
e necessariamente ries agora,
não o faças como um terremoto inundando os ouvidos,
antes vibre em ti
As porções interiores,
os mares escondidos,
as salas de horrores,
pois é tanto o silêncio necessário para as gargalhadas.

Ouça! Os amores nascendo...
Sinfonia de tintas na boca do escuro,
som puro e imperceptível urbanamente.

-Os barulhos da gente devem ser tão pra dentro,
como o vento,
como o vento...

Assim espeto palavras na página
na cama,
na noite:
Um colecionador de sons visíveis.

8 Comments:

  • Silêncio

    O silêncio é o vazio do tempo de nossa alma
    A glória máxima da escuta
    É quando a lágrima é mais salgada
    E o tudo passa a ser nada
    Mas nada não é tudo
    Sem a escultura do ato.

    ....tudo com a marca do silêncio, não sei se desse ou daquele, mas... de um silêncio!

    By Blogger Pherun, at 11:48 PM  

  • AAAAADDDDDOOOOORRRRREEEIIIIIIIII!!!

    By Blogger Łąřą Ŋόβř€, at 5:10 PM  

  • Estive rolando por tuas linhas... E em algum momento me vi.Talvez, nas esquinas de Quintana ou mesmo na fuga ácida para as bibliotecas, nas lembranças de meus pracinhas...É assim, sumindo entre as palavras, gestos contidos e gritos engarrafados que estamos constantemente diluindo seres, inventados ou não!

    7:27 PM

    By Anonymous Anônimo, at 7:33 PM  

  • Adorei e acho q atualmente tenho refletido tanto nesse silêncio q as vezes me pego filosofante!

    "P/ quê tanto alarde ao sorrir, se dentro do peito há um coração q chora.
    Chore alto e ria em silêncio
    Pelo menos vc não engana os q te cercam"

    By Anonymous Anônimo, at 9:48 AM  

  • Há dias em que te odeio muito mais que em outros, o problema é que te amo, absurdamente, durante a maioria dos dias em que não te odeio.

    By Anonymous Anônimo, at 11:46 PM  

  • Antes
    Que envelheça o dia
    Ou que apodreça a noite
    Antes mesmo, ontem
    Quero me perder
    Antes, sempre
    Sempre, agora
    Para o nunca mais
    Antes
    Que eu veja
    O meu sonho
    Te roubar-me um beijo
    Antes disso, antes
    Toma essa canção
    Sem abismo
    Sem ciúme
    Sem mistério
    Sem trapaça
    Sem perdão
    Sem sapato
    Sem caderno
    Sem corrente
    Ou solidão
    Quero mais de uma vez
    Mesmo que por um triz
    Ah, se o tempo espalha
    Que eu não fui feliz
    Antes, antes, muitas eras
    Antes dos sonhos que houvera
    Ah, me dói lembrar agora
    Antes da aurora
    Foi que eu te perdi
    essa poema é uma música de Pedrinho Cavalléro e Jorge Andrade. nada tenho tenho a dizer o que ofereço é a beleza das linhas, esse amor atemporal que a música nos mostra.E o amor que falo não é o de um homem para uma mulher, mas de uma amizade, de um professor ou de uma amante, enfim o quero dizer é que não existe segundas intenções.
    No mais,
    um forte abraço
    Eu, sem identidade.

    By Anonymous Anônimo, at 1:22 AM  

  • Nossa... perfeito...

    By Anonymous Anônimo, at 5:34 PM  

  • Eu sedo um amante da literatura,seu blog e 10.adoro poemas é escrever.queria que o senhor entrase no blog d um amigo meu poeta paraense.
    Souopoetadavida.blogspot.com.tony cruz
    Sou aluno seu no ideal sala 05 manha queria um comentario seu desse poema.
    Céu com uma unica só estrela à brilhar...
    Com um soneto a toca esperado meu amor chegar...
    Esse é meu e-mail billfernandespoeta@yahoo.com.br
    No momento que ela me beija sinto meu coração voar...
    Para perto da unica estrela à brilhar...

    By Anonymous Anônimo, at 11:39 PM  

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